Estudo de Antropologia Evolucionária analisou grupos de católicos, protestantes e hindus
Uma pesquisa conduzida por Eleanor Power, pós-doutoranda no Instituto Santa Fé, no Novo México, EUA, concluiu que as pessoas que frequentam regularmente a igreja são vistas como “mais confiáveis”.
Decidida a entender o que estava por trás da fé que motivava ações como fazer uma peregrinação ou frequentar encontros religiosos regularmente, Power decidiu acompanhar a vida em comunidades no sul da Índia.
Durante dois anos, ela juntou a grupos que caminhavam longas distâncias para visitarem lugares de devoção religiosa. A região estudada por ela tem uma população mista de hindus, católicos e protestantes.
Após meses de pesquisa, ela concluiu que aqueles que adoram regularmente em uma igreja ou templo e realizam atos concretos de devoção eram vistos pelos seus pares como pessoas mais confiáveis.
“Eles também eram vistos como tendo uma boa ética de trabalho, sabiam dar bons conselhos, eram generosos e demonstram ter um bom caráter”, destacou Power.
Segundo a pesquisadora, a evidência de fé na vida de uma pessoa e o modo como os outros a veem podem nos ajudar a “entender melhor a vida religiosa”. “Os seres humanos são estereótipos eminentes”, afirmou Power, destacando que as ações religiosas frequentemente dão indícios sobre o caráter e compromissos dessa pessoa.
Isso é conhecido como a “teoria da sinalização”, conforme o qual embora seja difícil ter confiança nas intenções das outras pessoas, podemos adquirir essa confiança se existem sinais claros que um indivíduo é capaz de demonstrar algum grau de compromisso, explica.
Ao gerar confiança nos outros com suas ações e intenções, a pessoa poderá ser mais capaz de estabelecer relações fortes com os outros membros da sociedade, resume Power. Com informações